quarta-feira, 27 de março de 2013

Ampliação do Programa de Intervenção Pedagógica

Rede municipal ganha plano de reforço escolar


O acompanhamento escolar de estudantes matriculados nos primeiros anos do ensino fundamental das redes municipais de Belo Horizonte e região metropolitana ganhará um reforço a partir do próximo mês.
A Secretaria Estadual de Educação lançou, ontem, um plano que determina a ampliação do Programa de Intervenção Pedagógica - que já funciona em todas as escolas da rede estadual - para as instituições gerenciadas pelas prefeituras dos municípios mineiros que demonstraram interesse. A expectativa é que mais de 200 mil alunos sejam beneficiados pelo programa, que prevê a criação de grupos de profissionais especializados em orientar o plano pedagógico das unidades, apoiar professores e alunos e definir estratégias de intervenção nos casos mais críticos.
O objetivo é que as crianças das redes participantes do programa saiam do ensino fundamental sabendo ler, escrever e interpretar textos até os 8 anos de idade. O foco do plano, nesse primeiro momento, serão os estudantes da 3ª série do ensino fundamental, que serão avaliados, em outubro, pelo Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa). No último exame, pouco mais de 86% das escolas municipais na capital alcançaram o nível recomendado e 13%, o nível intermediário.
"Cada escola traça o seu diagnóstico, aponta aquelas questões em que os alunos têm mais dificuldades, e, com base nisso, a equipe trabalha para que todos aprendam no tempo certo", explicou a subsecretária de Desenvolvimento da Educação básica, Raquel Santos.

Adesão. Ao todo, 846 cidades mineiras já aderiram ao programa - 129 na região metropolitana de BH e na região Central do Estado. Nessas duas localidades, cerca de 300 educadores da rede municipal participam, até hoje, de um treinamento oferecido pelo governo de Minas. O planejamento inclui ainda a capacitação de todos os professores nas próximas três semanas e o início dos trabalhos com os alunos neste semestre. 




Texto retirado do jornal O Tempo, no dia 27/03/2013

terça-feira, 26 de março de 2013

Conhecendo a Biblioteca Pública de MG

Biblioteca Luiz de Bessa, um convite à leitura

 

Com cerca de 260 mil obras disponíveis para consulta e visitada diariamente por 1.500 pessoas, biblioteca investe na popularização da leitura e da literatura na capital mineira e guarda exemplares históricos em seu acervo
Dois homens sentados e dois em pé, em um banco de praça, sendo dois deles com um livro na não. Quem estiver passando pela Praça da Liberdade, bem no início da avenida Bias Fortes, pode não saber que o grupo de esculturas descrito é uma referência aos escritores mineiros Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos. Mas a localização das esculturas, em frente à Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, não deixa dúvidas: a reunião de amigos é um convite para um encontro marcado com a literatura.
Afinidade dividida pelas amigas Eryka Carolina Oliveira e Andrea Pereira Ledo, que visitaram o setor de Empréstimo da biblioteca em busca de mais exemplares da obra do escritor francês, nascido na Argélia, Albert Camus. “Já li “O estrangeiro”, e vim pegar outro. Começamos a vir à biblioteca no ano passado e gostamos muito”, conta Eryka.
A leitura também é um hábito de Elias Andrade, que frequenta o setor de Periódicos. Mesmo sendo assinante de um jornal e receber um exemplar em casa diariamente, o aposentado visita a biblioteca a cada dez dias. “Prefiro assuntos como economia, especialmente, e política. Além do jornal que assino, leio outros dois aqui, assim tenho uma informação mais completa”, pondera.
A popularização da leitura e, principalmente, da literatura em Belo Horizonte e em outras cidades mineiras é o principal objetivo da instituição. “A biblioteca pública é para todos e visa disseminar a literatura para criar cidadãos críticos e estimular a produção de subjetividade”, explica Marina Nogueira, diretora do Sistema de Bibliotecas Públicas Municipais e ex-coordenadora da Hemerotec Histórica da Biblioteca.
Os frequentadores da biblioteca têm à sua disposição um acervo de 260 mil obras de temas variados como literatura, arte, pedagogia e matemática, além de livros históricos e exemplares de escritores brasileiros e estrangeiros, obras raras e especiais, coleções infanto-juvenis e exemplares em braile. A quantidade de obras de cultura, política e de autores mineiros é vasta: mais de 20 mil obras fazem parte da Coleção Mineiriana e estão disponíveis para consulta local.
Visitado diariamente por 1.500 pessoas, entre crianças, jovens, adultos, estudiosos de várias áreas e portadores de deficiência visual, a instituição é divida em dois prédios: na sede (Praça da Liberdade, 21, Funcionários) localizam-se os setores de coleções especiais, infanto-juvenil, braile, periódicos correntes e hemeroteca histórica. Já no prédio anexo (rua da Bahia, 1.882, Lourdes) estão os setores de Empréstimo Domiciliar e Referência e Estudos. Leia mais sobre a Biblioteca na página 2 desta edição.

Obras raras e especiais

A biblioteca reúne 1.554 exemplares que fazem parte do acervo de obras raras e especiais. O livro mais raro é “Incunábulo”, de 1493. Os incunábulos são livros que guardam a memória da técnica de impressão de dispositivos móveis de Gutemberg, o inventor da imprensa, e foram impressos entre 1450 e 1500. O exemplar existente na biblioteca tem a letra inicial, a capital, em ouro. Raríssimo, é um dos dois existentes no Brasil - o outro está na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
O acervo de coleções especiais tem, aproximadamente, 80 mil exemplares. Uma destas coleções é a Rita Adelaide, com cerca de 1.305 volumes, que antes se encontravam no Palácio do Governo. Esta coleção apresenta exemplares com douramentos em folhas de ouro e até uma bíblia alemã datada de 1851, encadernada em couro com detalhes em metal.
Também estão disponíveis para consulta uma coleção de artes, que inclui desde livros sobre arte rupestre até exemplares sobre arte digital. Obras de artistas como Jean-Baptiste Debret, pintor e desenhista francês que retratou os costumes do Brasil colonial, estão impressas no livro “Debret e o Brasil 1816-1831”, de autoria de Júlio Bandeira e Pedro Correa do Lago.

Tesouros afetivos

Muitos adultos, nascidos nas décadas de 1950 e 60, procuram a biblioteca para revisitar algumas pérolas dos tempos de alfabetização e aprendizagem. Esses tesouros afetivos são os livros de leitura e alfabetização da época em que eram crianças, como “Leitura silenciosa” e “As mais belas histórias” e exemplares de autores como Monteiro Lobato. Personagens como os três porquinhos levam os adultos a uma deliciosa viagem ao passado. “Muita gente se emociona ao visitar a coleção Memória Infantil, relembrando os bons tempos da infância”, observa Eliani Gladyr, coordenadora das Coleções Especiais.

Palavras em relevo

Os muitos amantes da leitura não exercem esta prática apenas com a visão. A biblioteca tem um acervo voltado para portadores de deficiência visual, denominado Setor Braille, com cerca de 7 mil exemplares, fundado em 1965. O setor atualmente apresenta recursos como impressora braile, adquirida em 2007, computador com software sintetizador de voz, lupa eletrônica e ampliador de tela.
José Carlos Dias, comerciante aposentado com retinose pigmentar, grupo de desordens genéticas que provoca a perda progressiva da visão, é um usuário assíduo do setor Braille. José Carlos usa bengala há cerca de dez anos e, como utiliza a biblioteca desde a década de 1980, acompanhou a evolução tecnológica dos recursos disponíveis para o auxílio de portadores de deficiência visual que frequentam a instituição. “O primeiro áudio-livro que escutei aqui foi sobre fabricação de cachaça, ainda em cassete”, relembra, elogiando tanto a estrutura quanto o atendimento do local. “Até perco a hora quando venho para cá”, disse.
Um aspecto positivo que José Carlos destaca é a contribuição assídua de um grupo de 70 voluntários, que faz leitura viva voz, revisão de livros produzidos em braile e grava livros. José comenta que completou o ensino médio rapidamente com o apoio dos voluntários. “Sem o apoio deles, minha caminhada seria mais longa”, reflete. Nesta mesma época, José também aprendeu braile na biblioteca.
O comerciante prefere documentários, histórias e aventuras. O último livro que leu foi “A Cabana”, de William P. Young. José Carlos observa que atualmente lê em braile para aprimorar o uso do português. “Sempre fiz provas orais e a correta utilização do português ficou de lado. Quero aprender mais”, conta.

Conheça alguns setores da Biblioteca
  • Setor de Periódicos

Possui coleção de 84 assinaturas de jornais e revistas do país, disponibilizados para pesquisa. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 12h.
  • Hemeroteca Histórica

Reúne acervo de jornais e revistas históricas de relevância para o patrimônio cultural de Minas Gerais e do Brasil, disponível para pesquisadores e para o público em geral. Tem um banco de aproximadamente um milhão de imagens de jornais digitalizados desde o século 19. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
  • Empréstimos

O setor de Empréstimo Domiciliar da biblioteca tem mais de 70 mil livros de diversas áreas, incluindo autores de literatura brasileira e estrangeira, com destaque para os clássicos. O prédio anexo recebe cerca de 210 mil pessoas por ano. Os interessados em fazer empréstimos devem apresentar carteira de identidade e comprovante de residência, além de contribuir, opcionalmente, com R$ 3. Menores de 16 anos devem apresentar documento de identidade do responsável. É possível fazer empréstimo de até dois livros por vez, com prazo de devolução de 14 dias, renováveis por mais um dia, pessoalmente ou via internet.

Inscrições para empréstimo

Segunda a sexta-feira, de 8h às 19h30, sábado, de 8h às 11h30.

Funcionamento:


Segunda a sexta-feira, de 8h às 20h, e sábado, de 8h às 12h.

Telefones: 3269-1230 e 3269-1231

E-mail: emprestimo.sub@cultura.mg.gov.br

Endereço: Prédio Anexo Professor Francisco Iglésias – Rua da Bahia, 1.889, 1º andar

Contatos:

Telefone: 3269-1166

E-mail:bibliotecapublica.sub@cultura.mg.gov.br

Localização: Praça da Liberdade, 21. Funcionários

Site: www.cultura.mg.gov.br/component/content/article/207-biblioteca/445-biblioteca-publica-estadual-luiz-de-bessa

História

1954

É aberta a Biblioteca Pública de Minas Gerais, criada pelo então governador Juscelino Kubitschek e projetada por Oscar Niemeyer.


1961

O governador José Francisco Bias Fortes acrescentou à Biblioteca Pública de Minas Gerais o nome do professor Luiz de Bessa (decreto 6.140). Antônio Luiz de Bessa foi um ilustre homem público e um trabalhador intelectual que se dedicou a atividades de interesse público.

1984

Através da Superintendência de Bibliotecas Públicas de Minas Gerais, unidade da Secretaria de Estado da Cultura, a biblioteca se torna referência para as bibliotecas dos 853 municípios através do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas Municipais e passa a propor, executar e avaliar as políticas públicas relacionadas à rede de bibliotecas públicas municipais, atendendo aos princípios de preservação, divulgação e acesso ao patrimônio bibliográfico.

2000

O prédio Anexo Professor Francisco Iglesias, após extensa reforma, foi cedido à Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Após as adaptações realizadas, o prédio recebeu o prêmio Gentileza Urbana, concedido pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-MG).




Texto retirado do DOM, no dia 26/03/2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

Adaptação Escolar

Criança precisa amar a aula, diz especialista sobre adaptação na escola


Depois de tanto tempo em casa, voltar à rotina de estudos pode não ser tão simples. Afinal, é preciso conhecer professores diferentes, aprender conteúdos mais complexos e conviver com novas experiências. Para alguns é ainda mais difícil, pois ingressam pela primeira vez na escola ou mudam de instituição de ensino. Nesses casos, os próprios colegas também são novidade, assim como a metodologia e a infraestrutura do local. De acordo com a professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) Silvia Colello, é preciso estar atento ao comportamento da criança quando volta do colégio. 
"As crianças precisam amar a escola, principalmente as menores de 10 ou 11 anos", afirma Silvia. Segundo a educadora, os pais devem desconfiar se os pequenos não gostam ou se mostram apáticos em relação aos estudos. Afinal, trata-se de um momento da vida em que a instituição de ensino abarca uma grande parte da rotina deles, pois é o local da aprendizagem, das brincadeiras e também de encontro com os amigos.
Os sinais de que a criança não está bem na escola são muitos, como se recusar a fazer as tarefas, não comentar sobre os estudos ou pedir para não ir à aula. Nesses casos, a melhor alternativa é conversar com elas e com os professores. Em alguns casos, a transferência para outra instituição pode ser necessária. 
Segundo Silvia, a família não pode forçar os pequenos se perceber que a adaptação não vai funcionar. Ela mesma já teve de trocar o local de estudos do filho porque ele não se adaptou à metodologia de ensino da instituição. No entanto, a decisão não deve ser precipitada e tem de levar em consideração que é sempre necessário um tempo.
Ela explica que adaptação tem de começar bem antes do início das aulas, e o futuro aluno deve participar ativamente desse processo. O primeiro passo é visitar a escola para conhecer o espaço e a pedagogia adotada. Algumas instituições, como o Colégio Parque, do Rio de Janeiro, promovem um dia de visitas, em que são feitas atividades entre professores e alunos. Em outras, como o Colégio Rio Branco, de São Paulo, é possível marcar um horário para fazer um tour guiado pelos próprios docentes.
A próxima etapa talvez seja a mais difícil: decidir qual a instituição em que a criança irá estudar. Segundo a educadora, os pais devem ouvir a opinião do filho e discutir com ele diante das alternativas encontradas. A palavra final será dos adultos, mas é importante saber como o estudante se sente. Isso vale principalmente para aqueles que ingressam pela primeira vez na escola, pois precisam de um ambiente que lhes pareça favorável e interessante.
A hora da matrícula não é, no entanto, a última etapa de adaptação antes do início das aulas. Esse é o momento de manter o estudante interessado. Portanto, de acordo com a psicopedagoga especialista em dificuldades de aprendizagem Bianca Acamparo, a família precisa conversar com os filhos e comentar como a escola e os estudos são positivos. 
Além disso, levá-los para escolher o material escolar e o uniforme também é uma forma de atrair a atenção. Depois disso, só resta esperar pelo começo do ano letivo. Algumas escolas costumam realizar reuniões com pais e alunos para apresentar o calendário de atividades e provas, a equipe de profissionais e as regras. 


Escola não é brincadeira, e as crianças precisam entender isso

Ao longo da vida escolar, é natural que a rotina se torne mais exigente e complexa. No entanto, há três momentos da educação básica que as mudanças se tornam mais latentes. Para lidar com isso, é importante se preparar e estar atento às novas cobranças. A transição entre o ensino infantil e o fundamental é um deles. Até porque, segundo Silvia, exige maior dedicação e concentração do aluno, já que as atividades e as tarefas da pré-escola são mais lúdicas e a realização de tarefas ocorre de uma forma mais leve, sem tantas cobranças. No entanto, a educadora orienta os pais que nunca tratem a escola como uma brincadeira na conversa com os filhos, pois eles podem se sentir enganados. Outro risco é que os pequenos sofram da chamada "síndrome do primeiro ano", quando finalmente descobrem que aprender dá trabalho e exige esforço.
No meio do ensino fundamental ocorre outra mudança de segmento, quando o aluno ingressa na sexta série e passa a ter mais disciplinas. Essa troca vai exigir ainda mais preparação, pois será necessária organização para lidar com os diversos professores e disciplinas, além da divisão do horário em períodos. Afinal, às vezes, ocorrem cinco aulas diferentes em um único dia, sem contar que é necessário se programar para realizar as atividades extraclasse. Por fim, no ensino médio, as mudanças estão mais relacionadas ao planos futuros do que a escola em si. Nessa etapa, eles terão de começar a pensar em carreira profissional e vestibular. Como são fases que a criança ou o adolescente terá de enfrentar, a mudança de escola poderá ser a primeira lição para os muitos desafios que virão.



Texto retirado do site Terra, no dia 23/03/2013

sexta-feira, 22 de março de 2013

BH Cidadania e Escola Municipal George Ricardo Salum realizam atividades em homenagem às mulheres

Homenagem às mulheres reúne mais de 300 pessoas no Taquaril



Cerca de 350 pessoas participaram das homenagens às mulheres promovidas pelo BH Cidadania e pela Escola Municipal George Ricardo Salum, no bairro Taquaril. Alunos e pessoas da comunidade realizaram diversas atividades na última semana. As mulheres participaram das oficinas de maquiagem e artesanato, ambas orientadas por voluntárias. Cortes gratuitos de cabelo foram ofertados para as participantes, que ainda tiveram à disposição um aulão de ginástica com monitoras da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.
Simultaneamente, aconteceu uma exposição dos trabalhos feitos na oficina de artesanato da escola aberta. A unidade estendeu o convite para todas as mães participarem dos cursos que são realizados nos finais de semana e são abertos para toda a população. São moradores da própria comunidade que ministram as atividades, como voluntários. Além disso, todas as mulheres ganharam rosas, que estavam acompanhadas pela letra da música “O importante é a rosa”. Funcionários da escola e da obra do auditório, que está sendo reformado, cantaram para todas as mulheres e fizeram uma bela homenagem. 
 
 
 
Texto retirado do DOM, no dia 22/03/2013

quinta-feira, 21 de março de 2013

Comemoração ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

Secretaria de Educação promove atividades comemorativas ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial



A Secretaria Municipal de Educação (Smed), por meio da Gerência de Coordenação da Política Pedagógica e de Formação (GCPF) e do Grupo Gestor de Promoção da Igualdade Racial (GGPIR), realiza entre hoje e o dia 29, sexta, atividades comemorativas ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
Durante esse período, haverá um curso de formação para os profissionais da Smed e o lançamento do “Caderno Informativo GGPIR”, contendo informações básicas sobre a promoção da igualdade racial na Educação. A programação inclui também uma exposição da artista plástica nigeriana Folashade Ogunlade, intitulada “OwiwiMeji: dois olhares, uma identidade”. A mostra é fruto da parceria entre a Smed e o Instituto Cultural Yorubá, que criou a Owiwi Galeria de Belo Horizonte. O trabalho estará exposto no hall da Secretaria Municipal de Educação, na rua Carangola 288, bairro Santo Antônio, entre hoje e o dia 29 deste mês.
O GGPIR foi criado a partir do Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Plampir), que visa articular e planejar as ações nos diversos órgãos da Prefeitura de Belo Horizonte para, dessa forma, promover mudanças substantivas na vida da população negra.
De acordo com a resolução 026/2010, publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de 20 de maio de 2010, a GCPF, por meio do Núcleo de Relações Étnico-Raciais e de Gênero, têm como atribuição coordenar esse grupo gestor de trabalho responsável pela implantação do Plano de Promoção da Igualdade Racial na secretaria.

A data comemorativa

No dia 21 de março de 1960, na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, 20 mil pessoas protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular. No bairro de Shaperville, os manifestantes se depararam com tropas do exército. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou contra a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. Essa ação ficou conhecida como o Massacre de Shaperville. Em memória à tragédia, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
 
 
 
Texto retirado do DOM, no dia 21/03/2013

quarta-feira, 20 de março de 2013

Escola Municipal Professor João Camilo Torres promove encontro com a comunidade

Escola da região noroeste fortalece vínculos com a comunidade por meio de diálogos e palestras


A Escola Municipal Professor João Camilo de Oliveira Torres, localizada no bairro Califórnia, na região Noroeste da capital, realizou na sexta-feira, dia 15, o primeiro encontro “Diálogos e Olhares Sobre a Escola Municipal Professor João Camilo de Oliveira Torres”. A ação teve como objetivo fortalecer os vínculos entre a comunidade escolar, gestores, professores, pais, estudantes e funcionários, por meio de um momento de integração, reflexão, troca de ideias e propostas relacionadas aos desafios e às potencialidades da instituição de ensino. A programação do evento incluiu dinâmicas, trabalhos em grupo e apresentações culturais, além da abertura de debates para a organização de uma comissão de pais.
Graciela Rodrigues Santos, diretora da escola, explicou o caráter da iniciativa. “Esse primeiro encontro constitui-se em uma das atividades propostas e organizadas pelo grupo de estudantes da Escola Municipal Professor João Camilo de Oliveira Torres que participam do Projeto Integrado Mediação de Conflitos e Prevenção de Situações de Violência da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte”, disse. O projeto existe na rede desde o ano passado, orientado pela tutora Márcia Parreiras. Com o entendimento cada vez mais abrangente sobre a escola como um espaço democrático, o que deve dar voz a todos os segmentos que dela fazem parte, o referido grupo de estudantes já elabora, para além deste primeiro encontro, um plano de ação com previsão de iniciar, ainda neste semestre, uma rádio e um jornal impresso na escola, ambos críticos, informativos e lúdicos.
Está previsto ainda o chamado “programa de recreio”, que tem como objetivo integrar melhor os colegas, professores e funcionários, com brincadeiras diferenciadas e outras atividades inéditas. Para a diretora Graciela Santos, o evento foi marcado pelo sucesso na participação dos grupos envolvidos. 



Texto retirado do DOM, no dia 20/03/2013

terça-feira, 19 de março de 2013

Estado firma parceria com municípios para melhorar índices de leitura de alunos do ensino fundamental

Programa começa a ser implantado nesta segunda-feira em 840 cidades  

 

Elevar os índices de alfabetização dos alunos matriculados nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º anos) nos municípios e diminuir as taxas de reprovação daqueles que ingressam na rede estadual. Essas são metas para melhoria da qualidade na educação que Minas espera alcançar com a expansão do Programa de Intervenção Pedagógica (PIP), presente na rede estadual desde 2007. O método começa a ser implantado hoje em 840 dos 853 municípios mineiros, com a expectativa de atender 6 mil escolas e beneficiar 850 mil alunos. O programa prevê capacitação continuada de profissionais, acompanhamento dos alunos, distribuição de material pedagógico e suporte educacional aos municípios. O lançamento será em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, uma das 10 cidades que ainda não aderiram ao programa. Outras três não têm ensino com as séries iniciais.
Com a nova metodologia, a expectativa é que o nível de leitura, escrita e interpretação de texto das crianças da rede municipal passe de 73%, medido em 2012, e alcance, até 2015, o patamar estadual de 85%, avaliado também no ano passado. Encurtar as distâncias entre os Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da rede estadual e das escolas municipais é outro objetivo da iniciativa, de acordo com a secretária de Estado da Educação, Ana Lúcia Gazzola. No último Ideb feito pelo Ministério da Educação, em 2011, o estado teve nota seis e ultrapassou a meta estabelecida para as redes estaduais no ano, de 5,7. “Queremos continuar subindo com a nota de Minas, mas trabalhar para que, até 2016, a distância das taxas dos municípios nunca seja maior que 50%, na média”, afirma a secretária. 

Reprovação

Com o trabalho em parceria nas escolas e o acompanhamento das dificuldades dos alunos, a expectativa é melhorar três aspectos do aprendizado na rede municipal antes que as crianças ingressem no ensino médio, oferecido pela rede estadual. “É fundamental prepará-las para o tempo de “mudar de escola”, para se adaptarem às aulas com mais de um professor e para melhorarem o desempenho escolar, diminuindo a reprovação”, explica a secretária.
Em Minas, nos anos iniciais do ensino fundamental, a rede municipal é responsável pela oferta de dois terços das vagas e o um terço restante fica a cargo do estado. Quando o aluno chega ao 6º ano, a situação se inverte: as escolas geridas pelas prefeituras passam a ter um terço e enviam para a rede estadual mais de 400 mil alunos, o que corresponde a dois terços. É nessa transição que a taxa de reprovação no estado sofre um aumento expressivo, situação que precisa ser revertida, de acordo com a secretária. “No 5º ano da nossa rede, a reprovação é de 1,6% dos alunos. No 6º ano, quando recebemos esse contigente, chega a quase 15%”, afirmou.
 De acordo com a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Raquel Elizabete de Souza Santos, é fundamental que estado e municípios estejam juntos para trabalhar os problemas de aprendizado no momento certo. “O intervalo entre o 6º e o 9º anos é o período em que há maior índice de reprovação na rede estadual e por isso é preciso corrigir as falhas dos anos iniciais. É importante gerir bem o período anterior”, relatou.
 Ela explica que a frequência do acompanhamento dos profissionais do PIP nas escolas ocorrerá segundo a necessidade de cada instituição. Aquelas cujos alunos apresentarem dificuldades nas tarefas diárias ou baixos resultados nas avaliações educacionais terão acompanhamento mais frequente, com visitas semanais. As instituições com melhor desempenho podem ter um intervalo maior entre as visitas.
 A capacitação dos professores começa hoje, em Valadares. Amanhã, o treinamento terá início em Juiz de Fora, na Zona da Mata e, assim, sucessivamente, cobrindo todas as regiões do estado. A meta é capacitar cerca de mil educadores. Atualmente, a equipe do programa conta com mais de 2,3 mil profissionais.

Números

 1,3 milhão de estudantes são beneficiados pelo Programa de Intervenção Pedagógica em mais de 3 mil escolas da rede estadual
 850 mil alunos da rede municipal passarão a ser atendidos pelo programa
 
 
 
 
Texto e imagem retirados do EM, no dia 19/03/2013